20 de setembro de 2008

FALAR BEM PARA ESCREVER MELHOR

Dez erros que comprometem a vida social e as pretensões profissionais de qualquer um.

01 – Houveram problemas.
Houve” problemas. Haver, no sentido de existir, é sempre impessoal.

02 – Se ele dispor de tempo.
É erro grave conjugar de forma regular os verbos derivados de ter, vir e pôr. Neste caso, o certo é “dispuser”.

03 – Espero que ele seje feliz e Vieram menas pessoas.
Dois erros inadmissíveis. A conjugação “seje” não existe. E “menos” não concorda com o substantivo, pois é advérbio e não adjectivo.

04 – Ela ficou meia nervosa.
Meio” nervosa. Os advérbios não têm concordância de género

05 – Segue anexo duas cópias do contrato.
Atenção para a concordância verbal e nominal: “seguem anexas”.06 – Esse assunto é entre eu e ela.
Depois de preposição, pronome oblíquo tónico: entre “mim” e ela.

07 – A professora deu um trabalho para mim fazer.
Antes de verbo, usa-se o pronome pessoal, e não o oblíquo: para “eu” fazer.

08 – Fazem dois meses que ele não aparece.
O verbo fazer quando indica tempo é impessoal: “faz” dois meses.

09 – Vou estar providenciando o seu pagamento.
O chamado “gerundismo” não chega a ser erro gramatical, mas é um vício insuportável. “Vou providenciar” é mais elegante.

10 – O problema vai ser resolvido a nível de empresa.
A febre do “a nível de” parece ter passado, mas ainda há quem utilize essa expressão pavorosa. Na frase em questão, “na” ou “pela” empresa são mais exactos e elegantes.