11 de maio de 2009

O professor deve ser um leitor!

A leitura, nas escolas, tem um caráter secundário ao da escrita, apesar de ambas caminharem juntas. A escrita toma todo o tempo, enquanto a leitura é vista como uma atividade extra na aula que, normalmente, acontece, quando os alunos terminam a lição, ou quando sobra tempo... Todos sabemos que a leitura precisa ocupar um horário “nobre” da aula. A escola precisa viabilizar tempo para a leitura.
Nem sempre os professores estabelecem boas relações com os livros e com a leitura. Se o professor formador de leitores não tem o gosto pela leitura, como irá despertar o interesse dos alunos pelo prazer de ler?
Se os professores não forem leitores, dificilmente poderão compartilhar com os seus alunos os mistérios, encantos e alegrias que se podem alcançar através da leitura.
Compete ao professor leitor fazer a “leitura” da sala de aula, como se fosse um texto para ser compreendido. Se, na leitura de textos, necessitamos de estratégias ou instrumentos auxiliares de trabalho, também para a leitura da turma precisamos observar, intuir, imaginar a realidade de cada aluno, as suas condições sociais, culturais e económicas para, então, sermos capazes de interagir, intervir e construir criticamente o conhecimento.
Assim, o professor e o educador são elementos impulsionadores, mediadores da leitura, criando nas salas de aula condições para que os seus alunos possam ler. Desta forma, ao conquistar o acto de ler, dentro de condições propícias, o professor e o aluno terão a possibilidade de ampliar os seus conhecimentos, participar activamente na vida social, alargar a visão do mundo, do outro, e de si mesmo, o que poderá trazer frutos no trabalho pedagógico.

1 comentário:

Raquel do Carmo disse...

Concordo plenamente! Aliás, não é só na área da leitura... O professor deve ter apetência e motivação pelos conteúdos que lecciona. Só um professor motivado motiva os seus alunos.
Beijocas